Todo dia eu me questiono sobre como acabar com a minha dispersão.
Todo dia me irrito comigo.
E todo dia eu faço tudo, menos o que mais importa: menos pensar e mais agir.
Por que o que interessa não são quais conclusões você chega sobre as coisas, e sim para que posição elas te levam. Quais são os lugares para onde elas te transportam. Não importa quanta maresia os meus cabelos estão recebendo agora, enquanto estou sentado aqui, no posto 7, se depois ela se esvairá por completo pelo ralo quando eu lavá-los com o mesmo shampoo de embalagem verde de todos os dias. Importa sim a grande quantidade de sensações sendo passadas para o papel com caneta vermelha, enquanto Lauryn Hill me diz "I used to love him but now I don´t" e meu queixo bate de tanto frio aqui, vendo toda a orla de Maceió, ouvindo uma versão exclusiva da música da Lauryn feita só pra mim. Agora. Com o som das ondas quebrando ao fundo das batidas da música.
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sexta-feira, setembro 14, 2007
quarta-feira, setembro 12, 2007
Atípico.
Péc! Péc! Péc! Péc! Péc!
Eu hoje , não sei porque, acordei com a cabeça assim: martelando. Doendo. Umas pontadas. E martelando. No meu tempo, sabe?!
Mas martelando, martelando, martelando, martelando:
Péc! Péc! Péc! Péc! Péc!
No meu tempo: meu teeeempoooo.
Tempo... O vizinho lá de cima tá montando o armário embutido dele. Tooodo contente com a nova aquisição. O coitado só tem essa hora de folga pra montar o armário. Aí eu acordei já assim:
Péc! Péc! Péc! Péc! Péc!
A cabeça doendo e o meu dia martelando. Papéis pra assinar, bocas pra beijar, pães pra comprar, espetáculo pra ensaiar, e a cabeça a martelar:
Péc! Péc! Péc! Péc! Péc!
terça-feira, setembro 11, 2007
E aí do nada, num domingo...
(foto de Larissa Lisboa)
Sou tudo aquilo que amo e odeio. Um conjunto de paradoxos que gera dentro de um corpo magro, branco e peludo uma interminável mistura de tons de cores que está sempre se reorganizando. Cores das mais foscas às mais extravagantes, que vão se movimentando dentro de mim, de acordo com sensações que experimento, no contato com meus prazeres e frustrações.
Num início de noite de domingo, vendo uma matéria na tv sobre a carreira de michael jackson - que por sinal eu nunca acompanhei - percebi que o cara era (É!) um artista genial. Depois disso uma coisa ficou martelando na minha cabeça: o que importa não são os fatos em si (o artista, no caso), mas o que se representa.
Depois do pensamento concluído (ou bem matutado, talvez), decidi que ouviria o "rei do pop".
Tenho achado ultimamente (ainda mais!) que o olhar-se é o remédio mais eficaz para todos os males. Numa relação entre duas pessoas não há o vilão e o mocinho, e sim, duas pessoas cheias de falhas que ao interagirem, modelam uma uma dinâmica. Errando e acertando.
Tenho gostado tanto dos resultados de alguns dos meus esforços que tenho querido mais resultados. Cada vez mais. E tenho me irritado cada vez mais com minha preguiça, minha dispersão e minha pouca dedicação. Tenho consumido, tenho consumido-me.
E tô sempre me perguntando sobre todas as coisas ao mesmo tempo. A impressão que me dá é que vai chegar um dia em que eu vou beber tanta água que acaberei conseguindo hidratar mais as minhas certezas sobre essas coisas...
Sou tudo aquilo que amo e odeio. Um conjunto de paradoxos que gera dentro de um corpo magro, branco e peludo uma interminável mistura de tons de cores que está sempre se reorganizando. Cores das mais foscas às mais extravagantes, que vão se movimentando dentro de mim, de acordo com sensações que experimento, no contato com meus prazeres e frustrações.
Num início de noite de domingo, vendo uma matéria na tv sobre a carreira de michael jackson - que por sinal eu nunca acompanhei - percebi que o cara era (É!) um artista genial. Depois disso uma coisa ficou martelando na minha cabeça: o que importa não são os fatos em si (o artista, no caso), mas o que se representa.
Depois do pensamento concluído (ou bem matutado, talvez), decidi que ouviria o "rei do pop".
Tenho achado ultimamente (ainda mais!) que o olhar-se é o remédio mais eficaz para todos os males. Numa relação entre duas pessoas não há o vilão e o mocinho, e sim, duas pessoas cheias de falhas que ao interagirem, modelam uma uma dinâmica. Errando e acertando.
Tenho gostado tanto dos resultados de alguns dos meus esforços que tenho querido mais resultados. Cada vez mais. E tenho me irritado cada vez mais com minha preguiça, minha dispersão e minha pouca dedicação. Tenho consumido, tenho consumido-me.
E tô sempre me perguntando sobre todas as coisas ao mesmo tempo. A impressão que me dá é que vai chegar um dia em que eu vou beber tanta água que acaberei conseguindo hidratar mais as minhas certezas sobre essas coisas...
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