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sexta-feira, agosto 31, 2007

De-lírio cotidiano.


A verdade é que nós somos muito jovens. Muito jovens pra tantos processos evolutivos. Não adianta. Não há tempo para os equívocos, muito menos para qualquer tipo de anti-seleção natural.

Tshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Posologia:
AGITE-ME ANTES DE USAR
e só assim sentirei a tua falta quando fores.

Tshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

- EEEi! Quando for comprar pão, lembre-se de olhar pros dois lados da pista, lembre-se que tem um pitbull no portão cinza, leva o guarda-chuva que tem uma núvem carregada no céu esperando nosso vacilo. Se chover, lembre-se que a calçada da 95 é ingrime: molhada desliza.
Cuidado na vida, amor! Nem sempre estarei lá, por isso que te explico...
Então, olha: compra dois pães seda. Compra também daquele que vem com queijo ralado em cima. Não sabe? Aqueeele! Aquele que é redondinho. Ó, mas compra ele mais escurinho em cima. E quanto mais queijo ralado, mais eu gosto tá? Nããão, não se irrita. Tá bom, vai. Ó, desculpa. Eu falo muito. Eu sei, mas é que assim não dá brecha para engano...

Tshhhhh...

Pééééém! Bip! Fon foooooon! Uéééééééuuum uéééum uééééééééééééééum! Brrruuuuuuu! Pucutú! Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrr! Vruuuuuuuum!

Tshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

"Você deságua em mim e eu oceaaaaaano.
E esqueço que amar é quase uma dôôôôô
ô U ôuuu
Só-sei-vi-ver-se-for-por-vô-cêêêê...."

Tshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!



- Adoro o termo"posologia"! Cai bem. Dá um caimento, né? Um acabamento, na frase. Acho aprimoramento no modo de usar a palavra.

- Eita, acheei, menina! Num é que tava aqui, no bolso de trás?! Ai, esse celular é muito pequeno!

- ????????????????!

- ?????????????????

Tshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

(Impressionante como as pessoas não se ouvem. Houve algum momento na história onde ela, a estória foi muito mal contada. Depois daí, a história mudou de figura. Todo mundo virou bilíngue, poliglota. E mais margens para mais equívocos... Mais frases não ditas, momentos dispensados, pessoas esquecidas, teorias quebradas. Como essa rubrica).


Sem mais equívocos, antes que a minha criatividade me traia.

PONTO

domingo, agosto 26, 2007

Sobre o que eu preciso.


Preciso de fotos novas.
FOTOSNÃOMINHASNEMDENINGUÉM. Fotos que emocionem, apenas.
Preto no branco, coloridas, não importa.Contanto que sejam fotos que mostrem invisibilidades. Discrição. Flores nascem todo dia, aonde tiver grama verde. Ou amarelada. E ninguém nota, ninguém pára para o que está acontecendo, então para quê? Para que tudo isso? Alguém teria a resposta? E a pergunta?Alguém mais a faz? Alguém mais se faz? MUITOESQUISITO. Muito esquisitos, muito esquecidos de pequenos detalhes. Pequenos prazeres. Estouramos plásticos-bolha e nos policiamos logo em seguida "porque isso não é uma idiossincrasia: é uma neurose e precisa ser tratada. POLICIADAURGENTEMENTE!" (balãozinho de pensamento).
Preciso de fatos. Uma alavancada com boas percepções. PRECISODEFATOSSÓMEUS. Com as cores, cheiros e pessoas que eu gosto. Com flores para ver nascer. E cheios de breguices e clichês. Que assim fica difícil de esquecer. Difíceis de não serem lembrados e citados. Lembranças que se tornem básicas ou banais como feijão com arroz. Mas ainda sim, o bom e velho feijão com arroz.




quinta-feira, agosto 23, 2007

Longa vida ao chapéu!


É uma superação, cada dia. É uma superação me sentir criança: 24 anos, desilusões, problemas de coluna, traumas, falta de dinheiro, desamores. Mas ainda sim, correndo no meio do teatro. Aquecendo o corpo pra entrar em cena brincando de pega com mais 6 criançonas. Os corpos exaustos de um final de semana difícil, mas muita vontade de seguir em frente. Longe é um lugar que existe dentro da gente*. 5 anos que eu vi passar amando cada vez mais cada uma das pessoas que fizeram parte desse ( sendo paradoxal ) sonho real.
Doar-se ao exercício de ouvir, absorver, respeitar é sem dúvidas um enigma. Existe todo um processo de aceitar-se para aí sim, depois, aceitar observações de segundos, terceiros e minutos, horas. Horas de conversas, horas de observações. 5 anos de muita doação. Muita credibilidade. Muita química, também. O mesmo prazer em brincar de pega no teatro, o mesmo prazer em descobrir a música, o circo, a dança e, principalmente, o nosso querido e respeitável pai: o teatro.
Parabéns pra nós da Cia. do Chapéu. Que nossas afinidades cresçam e que as nossas trocas mais ainda. Mesmo nas distâncias.

* trecho de , livro de Bianca Ramoneda.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Cá com os meus botões...


Além, muito mais além do que qualquer pesamento vago ou qualquer simples idéia, um objetivo pode transformar a forma de sentir de uma pessoa. Estar diante de uma opção importante a ser feita pode trazer à tona um certo auto-controle que ás vezes não é por nós sabido. Esse auto-controle já existia, sendo que estava intocado lá dentro. Protegido pelos pensamentos vagos, desejos descartáveis que a gente sente à todo momento.

Para onde isso nos leva, depende de cada um, né? Até onde você consegue ser racional, frio e calculista? Ou, até onde você consegue se manter firme, pés no chão com o que você traça como meta? O aprendizado, ou, o descobrimento desse auto-controle têm me instigado bastante, ultimamente.