Meus traços retos viram curvas num piscar de olhos. Num curvar de retas. Um desvio de rota. Mudares rápidos de idéias friamente pensadas, causados por impulsos corajosos munidos de paixão por tudo o que me cause surpresa. Medo sempre, estagnação, por favor, não! É que existem várias pessoas aqui dentro de mim. Todas diferentíssimas umas das outras, mas elas comungam de uma mesma vontade: viver muito.
Palavras têm sido-me escassas, nesse meio tempo em que tenho vivido. Lágrimas? tsk! Prfff! Há muito tempo não as tenho em abundância. Há algo de curioso no sofrimento: quanto mais o tempo passa, mais o sofrer me parece pertinente.
Talvez ele, o sofrimento, faça com que a felicidade me seja tão cara e intensa, quando estamos em poder ou companhia, um do outro. Sinto-me realmente poderoso e só consigo ser grato a quem me dê acesso a essa tão grande e sempre tão bem-vinda amiga.
"- A vida passou, você viu?
- Eu vi, e você?
- Eu vi... vi..."
(Bianca Ramoneda)
- Eu vi, e você?
- Eu vi... vi..."
(Bianca Ramoneda)
3 comentários:
gostei do 1º parágrafo.
;)
eu tb gostei muito do começo. num 'curvar de retas' é uma imagem massa, um olho piscando e uma linha se curvando ao mesmo tempo.
so depois vi que você postou no dia do meu aniversário. :)
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