Poucas coisas me fazem sentir tanta raiva e me agridem tanto quanto obedecer a certas "norminhas" em prol da educaçāo, do bom senso diplomacia etc. Seja em São Paulo, Maceió, um ou três beijinhos: eu quero morrer ou virar um rejunte de azuleijo cada vez que e encontro com um amigo e na mesma turma de amigos dele tem alguém por quem nutro uma antipatia velada ( e eu bem que sou dado a atipatias).
É uma situçāo tão humilhante, essa, que as vezes preciso de uns dois dias para digeri-la.
Acho que é, também, numa dessas que muitas pessoas se viciam em tecnologia, relações digitais... ai! Os seres humanos são muito complicados. E eu em alguns momentos me sinto o pior deles. Fazendo de algo tāo frívolo um câncer...
Mas é que realmente nāo é tão simples assim. Ao menos para mim, porque nem sempre a impulsividade de um "-Vai tomar no cu!" ou simplesmente uma pontual egipcia vale a pena, visto que o preço de uma atitude assim é a vitimação também do pobre amigo em questão que não tem nada a ver com a falta de empatia minha para com a outra pessoa.
Será que muitas pessoas sentem tanto desconforto em ações e eventos tão pequenos, corriqueiros? Ou simplesmente seguem suas vidas sem ter "tempo" pra perceber essas sensações?
Não sei, só sinto. E tenho me percebido cada vez mais impaciente para lidar com as imperfeições alheias. Ou limites/limitações. E tenho observado também que preservar-me significa, por diversas vezes, evitar pessoas, respirar fundo, ignorar convites, chorar e deixar-me levar por uma melancolia.
E que isso não ultrapasse os limites da minha saúde. E que a vida digital não me sulgue todo o sangue e não me limite a dedos e olhar frenéticos.