Eu não tenho nada a dizer porque quebraram minhas mãos.
Vedaram a minha boca no momento em que quebraram minha linha de raciocínio emocional.
Estou sem.
Estou nem.
Já que o que importava não existe mais.
Estou só, pelo meio.
Sozinho.
Por enquanto pozinho.
Um pozinho tentando ser massa.
Querendo expandir minhas moléculas.
Querendo ocupar mais espaços.
Estico-me, mas é muito grande, o esforço.
Não que eu não precise, não que eu não mereça, mas simplesmente porque eu não quero.
Quero dormir e quero fazer um milhão de coisas.
Ao mesmo tempo.
Quero me sentir rodando,
igualzinho à grande bola azul de nome amarelo queimado.
Sentado.
Parado.
Quase repouso.
Mas suo.
Os pensamentos me desgastam.
Não quero mais pensar, já que penso: sangro.
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