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quinta-feira, dezembro 20, 2012
2012 gratidões
Bom, é chegado o dia. Hoje tiro férias. Férias de são paulo, de 2012, das dificuldades que passei, das dores que senti, dos pesos que me foram impostos e que eu resolvi criar pra mim também e carregar.
Foi um ano intensamente difícil onde todos os passos em falso que andei dando voltaram para que eu aprendesse a ser firme.
Demorou, mas agora aprendi a ser, só nessa semana. Tanto que já não sinto mais tanto esse peso, nesse sobejo de ano, nesse último gargarejo de dezembro.
Não recebo com maus olhos, ao contrário, sinto gratidão por estar vivo. Sobrevivendo firme, forte e cheio de amor recebido e dado e que é , simplesmente, incessante. Perdi um grande amor? Sim, perdi. Mas também fui perdido, esquecido noite e dia. Deixado como um menininho pentelho que ficou há duas sessões atrás de um supermercado ordinário, montando castelos com latas de sardinha enquanto a mãe tava la, fazendo contas medíocres de trocados bobos. Mas daqui há pouco anunciará em alto e bom som a falta do seu filho tão mais valioso, mesmo que esquecido.
Tenho gratidão especialmente por conhecer pessoas, lugares, sensações, saudades e fé. Isso tudo me impede constantemente de dependências, mutilações, insanidade. E reencontrar velhas amizades, sobretudo. O chão firme vem, diante do maremoto, às vezes, de terras conquistadas que nem escritura se tinha. Mas uma vez firmada, uma amizade não morre.
Enfim, foi triste, doloroso, mas também muito interessante. Esse ano eu tive um reencontro com Madonna, eu trabalhei pra uma ópera no Municipal, voltei à ativa na minha casa-mãe: a Cia. do Chapéu, tirei meus drt's de cenógrafo e figurinista, chorei, sorri, conheci boas músicas, assisti bons filmes, dei boas gargalhadas - prolixo -, alimentei minha filha linda e felpuda, escrevi projetos, decidi alguns pro ano que vem e, acima de tudo, estou cheio de vida. E por tudo isso: Thanx Zabê, thanx Amanda Obrigado, merci, danke, tack, おかげで, gracê, gracias, Spasib, Děkuji !
and it´s all because ...
http://www.youtube.com/watch?v=wxBO28j3vug
quarta-feira, dezembro 12, 2012
Ganhando Voz
O que o silêncio anda querendo me dizer com suas nenhumas palavras? Qual é a dele? Que quer me dizer mandando recados e sinais? Se o silêncio não silenciar, só vai me restar com ele conviver e dele compactuar! Até que outros sons me atraiam. Eles têm me convidado e eu ainda em silêncio... mas afinal, quem o silêncio pensa que é pra falar alto assim aonde quer que seja, sem pedir licença? Ele pensa que é quem ou o quê? Um santo? Aonde acha que vai chegar? Jura mesmo que vai conquistar algo que foi perdido? Algo que não provoquei sozinho? Aliás, pra mim é sempre muito claro que uma relação é de dois, então silêncio, se é pra se estabelecer, se estabilizar, que dessa vez seja eterno. Que cale-se para sempre.
Porque é certo que a ti vou sobreviver. É Certo que em algum momento, quando você estiver quase me ensurdecendo os sentidos, eu não vou mais precisar da sua uníssona falta de sons. E você irá matar a si mesmo dentro de mim, com tanta insegurança calada. Tanta dúvida não falada e tanto descrédito sentido. É fato que em algum momento eu te quebrarei com minha fanfarra e minhas festas barulhentas. Por que sim, eu serei muito feliz. E até aprenderei a te apreciar quando necessitar de uma pausa e limando-te quando cada uma das minhas pequenas vitórias me abraçarem. Silêncio, aprende: a vida é assim. Nada é realmente certo. Mas não é por isso que você precisa ser sempre tão invasivo e avassalador. Sempre trazendo sua marca, (re)calcada de precauções e medos. Portanto, você não precisa silenciar porque algo foge do seu controle, quando um som invade a janela ou quando nos espaços onde você invade, encontra outro silêncio. Silêncio, eu te amo. Mas ando cansado de brincar contigo. E se calado ficar, calado ficarei. Para todo o sempre, amém... (Silêncio)
Porque é certo que a ti vou sobreviver. É Certo que em algum momento, quando você estiver quase me ensurdecendo os sentidos, eu não vou mais precisar da sua uníssona falta de sons. E você irá matar a si mesmo dentro de mim, com tanta insegurança calada. Tanta dúvida não falada e tanto descrédito sentido. É fato que em algum momento eu te quebrarei com minha fanfarra e minhas festas barulhentas. Por que sim, eu serei muito feliz. E até aprenderei a te apreciar quando necessitar de uma pausa e limando-te quando cada uma das minhas pequenas vitórias me abraçarem. Silêncio, aprende: a vida é assim. Nada é realmente certo. Mas não é por isso que você precisa ser sempre tão invasivo e avassalador. Sempre trazendo sua marca, (re)calcada de precauções e medos. Portanto, você não precisa silenciar porque algo foge do seu controle, quando um som invade a janela ou quando nos espaços onde você invade, encontra outro silêncio. Silêncio, eu te amo. Mas ando cansado de brincar contigo. E se calado ficar, calado ficarei. Para todo o sempre, amém... (Silêncio)
segunda-feira, dezembro 10, 2012
Sobre dissabores
Ir pra Augusta, decidir chutar o pau da barraca, entrar num bar e ficar com quem dá na telha, é fácil. Às vezes é até saudável. Todo mundo acha ótimo e quer. Não gosto de falso moralismo e acho irresponsabilidades casuais ótimas.
Eu já quis. Não foi na Augusta, mas já fiz...
Segurar TODO o rojão que isso traz, é pra poucos!
E eu posso dizer que já segurei. Ah! Segurei. E me submeti, e chorei. E sofri com as imprevisibilidades e revoltas que isso traz.
Abrir a caixa de Pandora é um perigo! Agir por vingança, igualmente. Abrir a caixa por vingança, pior ainda.
Por que nos momentos que antecedem o gozo de sentir o pé na jaca são de um prazer e adrenalina assustadoramente tentadores, e nada mais tem muito peso. Já o susto seguido do pânico que sucedem a experiência vivida nos traz um desespero de sentir o caminho sem volta por nós traçado é cortante. Nesse momento já não se sabe mais o que é dor física, causada pela ressaca do álcool e o que é dor psicológica, causada pela inconsequência.
É, nesse momento só rezando pra Deus, tomar muita água, jogar Engov pra dentro, tomar uma coca-cola e comer muito feijão.
De resto, só conjectura. Espera-se compreensão, superação, bravura, amor. Mas a questão é que quando outra pessoa está envolvida nisso tudo, dormindo em casa, ela pode sofrer, mas ela pode também superar... e essa superação pode ser de várias formas.
Quem tem a bravura de agir, tem que ter a sabedoria de entender, respeitar e, se quiser, esperar.
A impressão que me dá é de que eu cheguei na beira do abismo mais alto e fui empurrado de lá de cima. Mas quem me empurrou não sabia, no momento da cólera, que eu tinha um paraquedas nas costas e que eu tinha muito mais chances de me sair bem do que se imaginava. Agora que me vejo em direção ao solo, sentindo o vento forte batendo em mim e me penetrando, amassando a minha roupa, brincando com meus lábios, me fazendo fechar os olhos e me mostrando espaços que eu não conhecia, não sei se aciono o meu material de pouso e aterrizo no chão da forma mais confortável que puder ou se me deixo levar. Cair no chão, mudar a forma, me espatifar e ressurgir... porque assim sempre foi: eu me transformo.
E aí? Aguentarás as pontas?
Quem segurará o rojão?
E de tempo ainda tenho 9, 8, 7, 6, 5 , 4, 3,2...
"Only one who hurts you can make you feel better"
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